sexta-feira, 22 de junho de 2012

Nutrição para prevenir e curar cães e gatos






A nutrição veterinária é a ciência que tem por objetivo descobrir nutrientes essenciais e suas respectivas funções, em doses benéficas para o animal. Assim, cada ano são introduzidos novos alimentos, novas fórmulas nutricionais, que para além dos componentes essenciais à manutenção de uma vida saudável, incosporam elementos naturais para prevenir os riscos de determinadas doenças e proteger o organismo.
Hoje em dia é posível formular alimentos em função de necessidades bem definidas, de carências identificadas que precisam ser supridas e especificidades descobertas.
Os filhotes devem ser alimentados com rações diferentes dos animais adultos. Para cada porte existe um determinado tipo de alimento. No caso dos gatos, hoje em dia é possível estabelecer diferenças das necessidades nutricionais conforme a idade, modo de vida, sensibilidades, raças específicas.
Com essa evolução da alimentação passou a ser nutrição-prevenção, nutrição-saúde e até mesmo nutrição-tratamento graças à sua participação na terapêutica de determinadas doenças.
Longe vai o tempo dos cães alimentados com os restos da mesa e dos gatos que bebiam leite de vaca (alimento em total discordância com as suas necessidades).
Mas outro perigo espreita os nossos animais: o desconhecimento do Homem, associado ao seu desejo natural de "bem fazer". A proximidade  (aparente) entre nossoa companheiros de 4 patas e o Homem leva-nos a acreditar que sabemos como "funcionam". Reagir de forma antropomórfica é desconhecer o animal e ignorar que se trata de um carnívoro. É projetar nele os nossos desejos, o nosso modo de vida, sem levar em conta as suas diferenças.
O organismo desses carnívoros está dimensionado de uma forma muito diferente da nossa. Mandíbulas concebidas para cortar e não para mastigar, sem previa digestão pela saliva, um estômago desproporcional para digerir "presas" engolidas rapidamente, intestinos muito curtos mal adaptados à digestão da maioria dos cereais... Eis o que caracteriza um cão ou um gato.
Caso não se respeite uma alimentação e uma dosagem adaptadas o animal pode sofrer de obesidade assim como das suas graves consequências (cardíacas, diabéticas, articulares...).
No caso do cão, a alimentação constitui um regulador do comportamento: o mesmo alimento, servido no mesmo comedouro, no mesmo local, à mesma hora constitui uma garantia de equilíbrio psicológico. Em contrapartida, o gato, animal caçador individual, deve ter acesso à sua alimentação num regime "self-service", ingerindo assim cerca de vinte pequenas refeições durante o dia ( e a noite).
Um pedaço de chocolate (em doses elevadas é um veneno para um cão!),um quadrado de açúcar, um pouco de queijo (30g de Gruyère correspondem a 1/3 das necessidades alimentares em lipídeos de um cão de raça pequena!), um pedaço de pão, etc... Todos esses pequenos "extras" desequilibram a dosagem perfeitamente equilibrada e calculada por um nutricionista. Desequilíbrios que podem acarretar transtornos intestinais e degradar pouco a pouco a saúde do animal.
Então esse texto tem como simples objetivo frustrar o leitor, impedindo-o de dar provas de afeto ao seu animal? É claro que não,  muito pelo contrário! O amor voltado a um animal não deve dar origem a comportamentos alimentares contra-natureza. A nossa pretensão é esclarecer o proprietário sobre a alimentação correta como verdadeira fonte de bem-estar e de saúde para os seus animais.
Quando se adota um cão ou um gato, assume-se a responsabilidade pelo conforto da sua vida e estado de saúde. Essa responsabilidade implica também que se aprenda a conhecê-los verdadeiramente.
Como o assunto sobre a nutrição animal é muito vasto, abordaremos o mesmo tema nas próximas postagens. Caso restem algumas dúvidas, converse com o médico veterinário responsável pela saúde do seu animal. Ele conhece melhor do que ninguém as suas reais necessidades.
Espero que tirem proveito das leituras aqui no blog!!

Fonte: Tudo o que você deve saber sobre nutrientes que alimentam, previnem e curam cães e gatos (Profº Dominique Grandjean).

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